FRONTEIRAS DA SABEDORIA


Por: Moacyr Schukster, Administrador/Corretor e Presidente do Secovi/RS-Agademi 

 

Exemplo de homem sábio foi o Rei Salomão. Dele se contam decisões admiráveis, que a mitologia ajudou a ampliar. Até onde podemos tirar proveito, depende de cada um. Recordemos uma história e duas versões, a segunda claramente inventada por algum irreverente.

 

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A primeira menciona duas mulheres reivindicando a posse de uma criança. O monarca determinou que o bebê fosse partido em dois, ficando cada mulher com a metade. Uma das mulheres insurgiu-se e declarou que desistia da causa. Segundo ela, preferia que a criança vivesse, pois, cortada ao meio, morreria. O Rei, então, sentenciou-lhe favoravelmente: somente a verdadeira mãe seria capaz de entregar à outra pessoa a criatura que deu a luz para que não a matassem. 

A outra história conta que duas mulheres foram se queixar de que um moço era objeto de interesse de suas respectivas filhas. Desejavam que uma ordem real o obrigasse a se casar com uma delas. Salomonicamente, respondeu que mandaria dividir o tão desejado futuro genro e daria uma parte a cada uma. Uma de imediato gritou que, para ela, a alternativa serviria. A segunda, pesarosa, disse que tal não lhe agradava porque significava a morte do rapaz. O Rei, apesar da vida monárquica, revelou-se homem do mundo. Emitiu seu juízo de que o matrimônio deveria se fazer com a filha da primeira mulher, já que se mostrava com uma autêntica sogra, mesmo antes do consórcio.

A pandemia coloca um antagonismo entre duas posições. A de que as pessoas se isolem para não propiciar contaminação e a de que a economia, suspensa em suas atividades, tirará o sustento das pessoas, provocará a derrocada das empresas e o caos social. A verdade é que as autoridades estão procurando graduar a flexibilização para encontrar uma espécie de equilíbrio. As convicções são fortes de parte a parte, e os que portam a caneta precisam ouvir bastante, receber informações atualizadas e, mais do que nunca, utilizar estatísticas. 

Quem se der ao trabalho de procurar saber o que acontece em outras paragens vai constatar que o dilema é o mesmo. Que não acabemos mortos pela fome, mas bem saudáveis. Enquanto não tivermos a vacina contra o mal que nos perturba, ajudemos a combatê-lo e aprendamos a conviver com ele. E, cogitando da luta das empresas para a retomada e a recuperação, lembrem-se dos consultores de diversas áreas. É hora de ouvi-los.

A seta que indica o caminho carrega a intensidade dos fatos, e, talvez, necessitemos de alguém de fora para bem iluminá-lo.

19 Maio, 20

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