PANDEMIA: ESTERTORES DO FIM?
Por: Moacyr Schukster, Corretor/Administrador e Presidente do Secovi-RS/Agademi
Já vamos para dois meses de pandemia, pelo tempo de isolamento e pela parada econômica. Desde então, vivemos embalados pela esperança de que passe logo e possamos voltar à liberdade de movimentos. Esse sentimento é uma mistura de pensamento positivo, angústia disfarçada, confiança na nossa capacidade de superação e a ilusão que dias melhores virão.
Em sentido contrário, as estatísticas exibem números assustadores. Cemitérios ampliados, hospitais lotados, população mal atendida e serviços médicos incansáveis e fatigados. Uma situação de extrema dificuldade, onde carência de instrumental se alia ao perigoso convívio com o vírus. Parece que nunca, pelo menos nos últimos cem anos, a humanidade se defrontou com tamanho desafio. O que se observa no enfrentamento?
Leia também:
>> Nossa civilidade à prova
Um esforço imenso de diversos países para encontrar a vacina, enquanto a economia se deteriora a olhos vistos. Os estudos estão no começo ainda. Tenta-se, aqui e ali, utilizar medicamentos conhecidos para outras doenças e, combinados ou não com outros, têm propiciado a cura de bastante gente. As rotas se desdobram, e o destino será alcançado. Mas quando?
Notícias que nos chegam de várias partes do mundo nos dizem que, por falta de alternativa, temos de achar uma forma de conviver com a pandemia. Há que se permitir que as pessoas – ainda que tomando cuidados – voltem a produzir e obter renda pelo seu trabalho. Daí que a utilização de máscara na rua ou no trabalho passa a ser unânime. Luvas em conduções coletivas e trânsito externo. Troca de calçado ao chegar à casa e assim por diante. As precauções estão largamente difundidas.
Por sorte, no nosso Estado, temos uma administração preparada e diligente – temos de reconhecê-lo, e que é até modelo para outras regiões do País – que faz o monitoramento da pandemia com a competência possível, onde a inovação é obrigatória e a metodologia vai avançando.
Cientistas afirmam que o vírus veio para ficar, e teremos de mantê-lo sob controle. Uma administração conciliando profissionais treinados, instrumental adequado e hospitais suficientes. Como o canal de informações está desenvolvido, o lado econômico está pronto para o recomeço. Veremos, então, a crise se contorcendo e, devidamente manietada, deixando que se possa trabalhar e viver em paz. A grande vitória é feita de vitórias parciais. As derrotas apenas mostram os erros e a maneira de corrigi-los.