Negociação de imóveis retoma níveis pré-pandemia

Entrevista com o presidente do Secovi/RS, Moacyr Schukster, publicada no Caderno da Construção Civil, do Jornal do Comércio, em 25 de outubro de 2021.

 

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Segundo o Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul (Secovi-RS), Porto Alegre encerrou o último trimestre de 2020 atingindo patamares pré-pandemia de negociações de imóveis. “A média de vendas no município fica na base de três mil unidades mensais. Quando chegamos no final do ano passado, já havíamos alcançado esse patamar. Hoje posso dizer que o mercado está praticamente normalizado”, aponta o presidente do Secovi/RS-Agademi, Moacyr Schukster.

Conforme dados da entidade, de janeiro a setembro de 2021, a Capital registrou 27.451 vendas de imóveis contra 20.370 no mesmo período do ano anterior, atingindo uma alta de 35%. Os preços dos imóveis nos nove primeiros meses do ano tiveram alta de 1,26% nos residenciais e 3,32% nos comerciais. “Em termos de preço, está tudo mais ou menos estável, o que possibilita dizer que estamos em um grande momento para comprar”, sugere Schukster.

Em relação aos aluguéis na Capital, bastante impactados em 2020 com os efeitos da pandemia, chama atenção o aquecimento apresentado pelas locações comerciais. Entre janeiro e agosto deste ano, houve um crescimento de 56% ante o mesmo período do ano passado. No residencial, o aumento de contratos de aluguéis foi de 36%.

O preço médio do metro quadrado também passa por elevação. No acumulado até setembro, o valor das locações residenciais cresceu 7,91%, com alta também nos imóveis comerciais (10,83%). Já a média do tempo em que uma unidade aguarda para ser alugada está em 14 meses neste ano.

Os números do setor na Capital e outros fatores que o presidente do Secovi/RS acompanha no mercado fazem com que ele veja o futuro do mercado imobiliário gaúcho de forma promissora. Porém, Schukster admite preocupação com o encarecimento do financiamento imobiliário apresentado neste ano. “De um lado, há o financiamento em profusão. Do outro, o temor de um aumento muito grande da prestação. Ou o governo consegue estancar a inflação ou essa questão ficará em ‘banho-mariaria”, opina, acrescentando que prevê um maior número de locações de imóveis em razão das incertezas do mercado.

 

29 out, 21

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