Portaria Virtual – Mudanças dependem do perfil dos moradores

A adoção da portaria virtual,  não depende somente de custos, mas também do perfil dos moradores. Para a diretora de condomínios da Guarida Imóveis, Cristiane Olsson, o novo sistema está se popularizando, mas o seu crescimento está relacionado à adaptação dos condôminos a ele.

 

“Condomínios em que há pessoas com mais idade, por exemplo, que podem ter uma relação de maior interdependência com a portaria, podem não se adaptar”, exemplifica. Sem um porteiro, a alternativa de uma pessoa idosa é descer para pegar uma eventual entrega na porta, visto que nem sempre é possível que o entregador suba até o apartamento.

 

Quem concorda com ela é a vice-presidente de condomínios do Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul (Secovi/RS), Simone Camargo. Segundo ela, é preciso ter muita cautela na contratação e na análise de determinados contratos e serviços.

 

“Há redução de custos com a portaria virtual? Considerável, porque nós estamos falando de uma portaria presencial em que há pelo menos três pessoas com um custo não só do salário, mas de todos os encargos trabalhistas, e de uma portaria que não precisa disso. Uma pessoa cuida de 30 ou 60 condomínios, dependendo da empresa”, afirma. “A questão é: é isto o que os moradores querem? ”, questiona.

 

Para Simone, as portarias virtuais reduzem o valor, mas elas podem ter problemas. Isso porque, muitas vezes, a falta de agilidade delas na abertura e no fechamento das portas pode fazer com que algumas pessoas não se adaptem. Além disso, a vice-presidente acredita que o sistema gera uma redução de conforto para os moradores, já que, diferentemente de uma portaria convencional, a portaria remota não oferece a possibilidade de receber encomendas para os condôminos.

 

Excerto matéria: ”Prédios buscam redução de custos de condomínio” – João Pedro Rodrigues

Fonte: Jornal do Comércio – 06/08/21

 

 

12 ago, 21

ASSINE A NEWSLETTER

ARQUIVOS

INSTAGRAM