DESIGN THINKING: A FÓRMULA PARA INOVAR

O Design Thinking é muito usado e conhecido no mundo dos negócios para gerar inovação. É uma metodologia originária do segmento do design que vem auxiliando empresas a pensar soluções a partir de desafios enfrentados no dia a dia da empresa ou do cliente. Em outras palavras, o Design Thinking (DT) é o processo de reunir ideias e insights para solucionar um problema conhecido. 

E é aí que ele se relaciona com o processo de inovação. Isso porque a inovação, apesar de muito associada à criação de novos produtos e serviços, na verdade é, sobretudo, o resultado de uma busca por respostas eficientes, que agreguem valor e atendam às necessidades de um público específico.

 

“O DT é o principal catalisador do processo de inovação porque auxilia as empresas a entenderem seus problemas e a achar a melhor forma de resolvê-los”, explica o consultor de novos negócios da Valkiria Inteligência Criativa, Thomas Wilms.

 

O Design Thinking é um processo criativo que considera fatores como os desejos do cliente, o negócio, o mercado e a tecnologia, e está baseado em alguns passos, como: ter empatia; definir; idealizar; prototipar e testar.

 

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Essas cinco etapas do Design Thinking levam ao nascimento de respostas inovadoras e são divididas em três grandes fases: experiência do usuário; criatividade; desenho e execução. 

 

Experiência do usuário

Essa fase é composta pelas etapas de empatia e definição e ocorre a imersão. Nessa fase se delimita o desafio enfrentado e procura-se entendê-lo a fundo com pesquisas, entrevistas e análises. “Ver, ouvir e sentir aquilo que o outro experimenta é fundamental para aprender sobre o universo do problema. Assim, temos condições de propor soluções realmente desejáveis”, explica o sócio-fundador da Valkiria, Moisés Hansen. Ele comenta ainda que, dentro das empresas, o simples ato de compartilhar aprendizado entre o time ou de aprender com colaboradores mais experientes pode direcionar caminhos promissores para uma nova solução.

 

Criatividade

Também conhecida como ideação, é quando as ideias realmente novas são propostas. Práticas como brainstorming (reuniões livres), mapas mentais e desenhos são comumente utilizadas nessa etapa que presume sempre a colaboração de diversas pessoas no processo.

Caroline Bücker, diretora da Idealiza Tools&Methods, explica que a co-criação está na alma do Design Thinking, pois torna as discussões mais ricas. “Imagine chamar um cliente imobiliário que ainda não conseguiu concluir o processo desejado para que exponha seus desejos, expectativas, frustrações e boas experiências. Isto significa convidá-lo a fazer parte da construção de soluções inovadoras para a imobiliária”, exemplifica Caroline. “Cada pessoa tem motivações diferentes. Se a imobiliária considerar os desejos emocionais e não apenas os racionais dos clientes, e desenhar processos de trabalho alinhados a isso, ela encontrará formas mais simples de iniciar e manter o relacionamento com eles”, avalia.

Com os elementos levantados na etapa de ideação, chega-se ao último passo antes da inovação: o desenho e execução.

 

O desenho e execução

Essa fase é composta pelas etapas de prototipação e teste. Ou seja, aqui será construída uma versão simplificada e inacabada do projeto (protótipo) e será lançada em pequena escala para teste. Essa fase é importante porque é a partir dela que será possível receber feedback antes da implantação oficial e em grande escala do projeto. Aqui, o importante é não ter medo de errar, pois é a partir da reação do público que se pode ajustar o que ainda precisa ser melhorado. Assim, aumenta-se a efetividade da ideia inovadora.

 

O DT exige uma mudança de atitude

Contudo, adotar todos os passos desta metodologia requer, muitas vezes, mudar o comportamento de uma empresa. O consultor Thomas Wilms alerta: “É preciso primeiro adotar um novo modelo mental, com novos hábitos e atitudes. Isso significa ser mais flexível e mais aberto ao novo, cuidar das pessoas envolvidas no processo, seguir a intuição, levar as ideias para a ação, entender o erro como parte do processo e ter uma atitude mais aberta para as ofertas que são recebidas”. A compensação pela adoção desta nova postura está na conquista de uma fórmula eficiente para inovar.

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