ATENÇÃO ÀS FRAUDES

Assegurar ao proprietário do imóvel a idoneidade do interessado na locação é parte fundamental na prestação de um bom serviço imobiliário. Além de trazer segurança para a operação, o cuidado durante o encaminhamento do candidato concorre para a redução drástica da probabilidade de inadimplência e, em última instância, da necessidade de mover ações locatícias como as consignatórias, revisionais, renovatórias e de despejo.

 

Sinais de inconsistência

Contudo, muito antes da inadimplência surgir, irregularidades na documentação apresentada são indicativos de eventuais problemas e motivos fortes para a adoção de um olhar mais atento para a realização de uma análise cadastral rigorosa. Entre os principais sinais de alerta estão a inconsistência nas informações obtidas por meio de consultas aos CPFs/CNPJs, e a incompatibilidade na relação entre a atividade profissional do interessado ou fiador e sua renda declarada, ou mesmo entre a declaração patrimonial e seu perfil financeiro.

O especialista em técnicas de identificação de fraudes em locação, Marcus Antonius Costa, aponta outra importante questão: a falsificação dos documentos apresentados na imobiliária. “Mais do que estar atento se determinado CPF ou CNPJ possui restrição, é preciso verificar, principalmente, se ele pertence de fato à pessoa com a qual estamos prestes a fechar um negócio, pois o uso de documentos ditos limpos é comum em casos de fraudes. Isso envolve desde o uso indevido deles até a falsificação dos papéis montados em torno desses CPFs/CNPJs”.

Outra realidade para a qual as imobiliárias devem se preparar para investigar diz respeito à atuação de pessoas que se disponibilizam a ser fiadoras para mais de um candidato, os chamados “fiadores profissionais”. Essa prática igualmente compromete a garantia dos contratos, pois implica na incapacidade de cobrança na eventualidade de uma ação locatícia.

 

Prevenção

Para Antonius Costa, contar com apoio profissional e ter um protocolo que contemple um funil de avaliação e identifique os casos suspeitos é a melhor forma das imobiliárias se prevenirem contra fraudes. “Estes custos devem ser otimizados com serviços de qualidade e os proprietários precisam ser conscientizados de que a análise faz parte do processo de locação tanto quanto o custo com divulgação do imóvel”, afirma. Conforme a Lei do Inquilinato (8.245/91), o gasto administrativo da análise cadastral não pode ser repassado ao interessado na locação, somente ao proprietário.

Para auxiliar as imobiliárias gaúchas a cruzar informações com outras empresas do segmento e zelar pela segurança nos contratos de locação, o Secovi/RS-Agademi oferece gratuitamente a seus associados o Registro de Movimentação de Clientes (Remoc). Diferente de um banco de dados restritivo ou positivo – onde consta a negativação ou a aprovação de crédito de uma pessoa –, o Remoc é uma plataforma na qual as imobiliárias podem registrar e compartilhar entre si a movimentação dos candidatos e fiadores para utilizá-los na tomada de decisão. Esses dados podem auxiliar na busca de informações sobre a idoneidade dos interessados, minimizando, assim, os riscos do contrato de aluguel.

 

Saiba mais sobre o Registro de Movimentação de Clientes (Remoc) do Secovi/RS-Agademi em www.remoc.com.br ou pelo telefone: (51) 3221.3700.

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